Texto 1 : CARCANHOLO, Marcelo Dias. Dependência e
superexploração da força de trabalho no desenvolvimento periférico. In:
MARTINS, Carlos Eduardo e VALENCIA, Adrián Sotelo (org.). A América Latina e os
desafios da globalização. Ensaios dedicados a Ruy Mauro Marini. Emir Sader e
Theotonio dos Santos (coord.). RJ: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Boitempo, 2009,
p.251-264.
Os
países ricos, que também podem ser chamados de desenvolvidos, vivem por uma
ótica de sempre inserir os demais países na ordem capitalista, para que esses
possam continuar submissos a eles.
O
Brasil por exemplo foi inserido a ordem capitalista, e não ao contrário. Diante
disso percebemos que não é uma opção pertencer a ordem capitalista, você não
escolhe se vai entrar ou não, e sim é colocado nela. Com isso podemos perceber
que a dominação de uns países sobre os outros ainda continua. Mesmo tendo sido
inserido na ordem capitalista, o Brasil não desenvolveu uma tecnologia de
ponta, pois continuou-se a exportação de alimentos e insumos. (CARCANHOLO,2009)
Nosso país ainda continua com uma produção que
podemos chamar de primaria, com pouca tecnologia e pouco desenvolvida.
(CARCANHOLO,2009)
Quando
falamos em países subdesenvolvidos e desenvolvidos, podemos também pensar em um
convívio de forma dialética entre eles. Que muitas vezes pode ser
contraditórios mais em outras podem estar se complementando. A lógica que se
segue quando a relação é países subdesenvolvidos e os desenvolvidos, é que para
existir um precisa-se necessariamente ter o outro. Pois um país só é rico
porque o outro é pobre e explorado. ( CARCANHOLO,2009)
Um
país subdesenvolvido só chega até onde um país rico quer que ele chegue. Nós
dependemos de nossa exportação, então sempre teremos que acatar as ordens e
imposições de quem compra, que nesse caso são os países desenvolvidos.
Para
que um país rico/ desenvolvido possa ter uma acumulação de capital, é
necessário que os outros países exportem com preços mais baixos, com isso
sempre é possível perceber uma redução nos preços de exportação dos países
dependentes, para que os países ricos consigam realizar uma acumulação de
capital.
A
instalação de empresas transnacionais em países subdesenvolvidos é um ponto
estratégico, pois elas estão visando mão de obra barata, menores impostos, e
altos lucros com isso, para que a maior parte do capital possa voltar os países
de origem. E na procura de mão de obra barata, tem-se também a superexploração
dos trabalhadores nos países periféricos. E nesses países ainda encontramos uma
instabilidade financeira, pois ainda depende-se do capital externo. (
CARCANHOLO,2009)
Esse
texto é importante porque ajuda o professor a entender um pouco mais sobre a
ideia de capitalismo, exportação, importação, as causas da superexploração em
países periféricos, para se começar a explica um pouco sobre essa relação
funcionário e empresa. Em que o trabalhador é apenas mais um objeto, e quanto
mesmo ele receber, mais barato será seu produto para exportação.
Texto 2
: MARX, Karl , O capital : crítica da economia política. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
1980.
Capitulo
VIII :Sobre; A jornada de trabalho
Com
base no modo de produção capitalista, no entanto, o trabalho necessário pode
constituir apenas parte de sua jornada de trabalho, isto é, a jornada de
trabalho não pode jamais reduzir-se a esse mínimo. A jornada de trabalho possui
um limite máximo. Ela não é, a partir de certo limite, mais prolongável. Esse
limite máximo é duplamente determinado. Uma vez pela limitação física da força
de trabalho. Uma pessoa pode, durante o dia natural de 24 horas, despender
apenas determinado quantum de força vital.
Durante
parte do dia, a força precisa repousar, dormir, durante outra parte a pessoa
tem outras necessidades físicas a satisfazer, alimentar-se, limpar- se,
vestir-se etc. Além desse limite puramente físico, o prolongamento da jornada
de trabalho esbarra em limites morais. O trabalhador precisa de tempo para
satisfazer a necessidades espirituais e sociais, cuja extensão e número são
determinados pelo nível geral de cultura.
A
variação da jornada de trabalho se move, portanto, dentro de barreiras físicas
e sociais. Ambas as barreiras são de natureza muito elástica e permitem as
maiores variações. Dessa forma encontramos jornadas e trabalho de 8, 10, 12,
14, 16, 18 horas, portanto, com as mais variadas durações.
De
repente, porém, levanta-se a voz do trabalhador, que estava emudecida pelo
estrondo do processo de produção: A mercadoria que te vendi distingue-se da
multidão das outras mercadorias pelo fato de que seu consumo cria valor e valor
maior do que ela mesma custa. Pagas-me a força de trabalho de 1 dia, quando
utilizas a de 3 dias. Isso é contra nosso trato e lei do intercâmbio de mercadorias.
Eu exijo, portanto, uma jornada de trabalho de duração normal e a exijo sem
apelo a teu coração, pois em assuntos de dinheiro cessa a boa vontade.
O
capital não inventou o mais-trabalho, ou seja, na sociedade onde quer que
exista o monopólio dos meios de produção – o trabalhador – seja ele livre ou
não, este terá que adicionar ao tempo de trabalho necessário para sua
autoconservação um tempo de trabalho excedente destinado a produzir os meios de
subsistência para o proprietário dos meios de produção.
Trabalho
forçado até a morte é aqui a forma oficial de sobretrabalho. Este forma
sobretrabalho, porém, constitui uma exceção no mundo antigo. Com surgimento de
um mercado mundial, dominado pelo modo de produção capitalista, os horrores
bárbaros da escravatura, da servidão etc. são coroados como o horror civilizado
do sobretrabalho.
A
parti deste texto, de um autor clássico da sociologia, podemos entender um
pouco mais sobre o capitalismo, exploração do trabalho e ver como era a jornada
de trabalho. Para se entender sobre o trabalho contemporâneo é necessário
entender um pouco da história do trabalho, e não existe texto melhor, do que o
do “ Capital” de Karl Marx, para auxiliar um professor.
Texto 3: ANTUNES, Ricardo. Sindicalismo de classe
versus sindicalismo negociador de Estado. Rio Grande do Sul. UNISINOS. 2011.
Precisa-se
primeiramente entender o contexto, que seria de reorganização- econômica,
social, política, ideológica e valorativa.
O
mais destacado líder sindical do chamado novo sindicalismo se converteu em um
novo instrumento das classe dominantes. Se distanciado de sua origem operária,
e se submetendo ao ethos da “classe média’.
O
novo sindicalismo brasileiro nasceu nos anos de 1970-1980.
A
luta principal dos sindicatos era para ser contra a destruição de direitos e da
precarização do trabalho são centrais em suas ações.
É
necessário entender que a classe trabalhadora de hoje é muito mais complexa e
heterogênea que aquela que existia durante o período de expansão do fordismo.
Os
sindicatos e as demais formas de representação das forças sociais do trabalho
devem procurar compreender e incorporar a totalidade do trabalho social e
coletivo, que estão vendendo sua força de trabalho como mercadoria, seja esse
trabalhado material ou imaterial.
Esse
texto é uma base para se entender um pouco mais sobre o que é um sindicato, e
todas as mudanças que ele sofreu nos últimos tempos. É fundamental para um
professor entender sobre o assunto, e assim elaborar um conhecimento que chegue
até seus alunos.
Texto 4
: PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século XX : taylorismo,
fordismo e toyotismo. São Paulo. Expressão Popular. 2007.
A
primeira coisa que deve-se deixar clara, é que a organização do toyotismo
surgiu em um contexto diferente/ diverso, quando comparado com o
taylorista/fordista. O fordista surgiu em um economia que estava em
crescimento, e contava com um mercado consumidor. Já o toyotismo surgiu em um
momento de economia lenta, que ao mesmo tempo que consumia vários bens e
serviços, mostrando um lado mais diversificado.
O
sistema de produção da Toyota, teve sua origem em um momento muito especifico
do Japão, que foi o da segunda guerra mundial.
No
sistema toyotista a produção dos carros nas fabricas eram divididas em vários
grupos, cada um deles acompanhava todo sistema de produção. Já no sistema
taylorista/ fordista, cada funcionário tinha sua função.
No
toyotismo havia um sistema de encomenda- produção precisa que se chamou just in
time, que significa tempo certo, esse sistema só produzia o necessário, para
não se ter um estoque. Já o processo taylorista/fordista, é totalmente ao
contrário, pois era fixado um tempo mínimo nas operações de cada trabalhador.
Esse
texto ajuda ao professor entender sobre esses três sistemas de produções bases
do mercado de trabalho e do capitalismo, podendo assim ajudar na elaboração de
aula sobre o trabalho contemporâneo .
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