Texto 3:
Emprego e Desemprego
Graziele Maria Freire
Texto
didático a partir da adaptação do texto: “Emprego e Desemprego”, encontrado em:
MAZZEU, Francisco José de Carvalho; DEMARCO, Diogo Joel (Coordenação do
Projeto). Emprego e Trabalho. – São Paulo: Unitrabalho- Fundação
Interuniversitária de Estudos e Pesquisa sobre Trabalho, 2007. (Coleção Caderno
EJA).
Emprego: é a função e a condição das pessoas que trabalham, em
caráter geral temporário ou permanente, em qualquer tipo de atividade econômica.
Desemprego: entende- se a condição ou a situação das pessoas
excluídas na faixa das “idades ativas” (em geral, entre 14 e 65 anos), que
estejam, por determinado prazo, sem realizar trabalhos em qualquer tipo de
atividade econômica.
Desemprego na América
Latina
O potencial de mão-de-obra no continente latino-americano
está longe de seu pleno aproveitamento. Na economia agropecuária há um
desemprego disfarçado, difícil de calcular em termos estatísticos. Como nessa região
do mundo coexistem formas de exploração da terra em regime semifeudal e
pré-capitalista, ocorre também o subemprego rural, decorrente da concentração
da propriedade da terra. Calcula-se de 25% a 30% o potencial de trabalho
perdido por meio do desemprego e do subemprego. A taxa de crescimento demográfico,
bastante alta nos países menos desenvolvidos, não é a principal causa de
subutilização da força de trabalho. O problema se deve basicamente aos graves
desequilíbrios e inadequações nos sistemas econômicos e sociais, entre eles a
má distribuição de renda.
Desemprego no Brasil
O Brasil tem 7,6% milhões de desempregados, segundo a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 1999 (PNAD-1999). Ele fica em
terceiro lugar em número de desempregados no mundo. Acima dele está a Índia, com
quase 40 milhões, e a Rússia, com 9,1 milhões, segundo cálculos feitos pelo
economista Márcio Pochmann, da Unicamp. Em agosto de 2000, a taxa média de
desemprego foi de 7,15%. Esse cálculo é feito pela Pesquisa Mensal de Emprego
do IBGE nas seis principais metrópoles do país (São Paulo, Belo Horizonte, Rio
de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Recife) e serve como indicativo da taxa
global do Brasil. Esse problema se agrava ao longo da década de 1990. A taxa de
desemprego, que era de 4,03% em agosto de 1991, chega a 7, 80% em agosto de 1998.
Nos primeiros oito meses de 2000, a taxa é em média de 7,65%. O fator que mais
contribui para o aumento do desemprego é o baixo ritmo de crescimento econômico
do país. No período 1991-1999, a taxa média anual de incremento do PIB (Produto
Interno Bruto) é de apenas 2,5%. Com isso, menos oportunidades de emprego são
criadas. As crises externas, como o ataque especulativo na Ásia, em 1997, e a
moratória da Federação Russa, em 1998, também contribuem para o crescimento lento
da economia brasileira.
Ø Texto aponta as dificuldades encontradas no sistema
capitalista, que por definição não pode empregar a todos, o desemprego então é
algo necessário ao sistema, uma vez que, deve formar o chamado exército de reserva que entre outras
coisas cumpre o papel de permitir que haja mais trabalhadores que trabalho;
este último passa a ditar suas próprias leis enfraquecendo os direitos
trabalhistas – tal como o projeto de lei da Terceirização.
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