domingo, 22 de maio de 2016

Análise de 16 Vídeos - Tema Trabalho




Ciclo do Trabalho Escravo Contemporâneo
Esse primeiro vídeo tem uma duração bem curta, mas muito interessante, pois ele traz um ideia geral do que seria o trabalho escravo no século XXI, e de que como isso está próximo de nós, e muitas vezes não conseguimos enxergar. Ele traz dados numéricos, como o de que há mais de 20 milhões de trabalhadores escravos no mundo, e também mostra algumas áreas que costumam ter um grande número de trabalhadores escravos, alguns exemplos são, trabalhadores rurais e fabricas que produzem roupas. Mostra também como esses indivíduos são enganos com falsas promessas, e depois ficam presos, sem poder sair do trabalho. E o principal isso não acontece apenas em locais isolados e distantes, o trabalho escravo está em todas as partes. Com isso o vídeo pode contribuir para abrir os olhos dos jovens em sala de aula, e perceber que devem tomar cuidado, e também entender como funciona o trabalho escravo atual.

 Análise do vídeo 2:


Combate ao Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil
O segundo vídeo é interessante pois traz trabalhadores que estiveram na condição de trabalho escravo, contando o que passavam e como era. No vídeo podemos ter um dado importante, que o Estado que tem maior concentração de trabalhadores em condição de escravidão é o Piauí. Podemos também ter um conhecimento mais detalhado de como é o aliciamento desses trabalhadores, pois os ex-escravos dão depoimentos de como era todo o processo, desde o momento que iniciariam no trabalho até como era a vida deles durante o trabalhado. Eles relatam que eles eram convencidos a saírem de suas casas, que os gatos prometiam bons salários, um lugar confortável para morar, mas quando chegavam ao local que iriam trabalhar, já tinham dividas com o gato ( o aliciador de trabalhadores escravos), deviam a comida, o lugar que iam dormir, a passagem de ônibus, já tinham uma dívida enorme, quem nem com o trabalho ele conseguiam pagar, pois quanto mais ficavam trabalhando maior era a dívida, a única forma de sair da escravidão era com a chegada da polícia no local ou fugindo. Depois temos algumas dicas de responsáveis por sindicatos, falando de como tentar evitar de acreditar em pessoas que prometem emprego. Mostra também como é difícil ser diretor de um sindicato no Estado do Piauí, pois eles são assassinados ou ameaçados, então a violência é muito grande, para se continuar com trabalhadores escravos. O vídeo mostra também locais que já tiveram trabalhadores escravos. E destaca locais em campinas que tinha trabalhadores escravos, mostra a casa que eles moravam, e o perigo que esses trabalhadores estavam correndo por causa da fiação da casa. Com esse vídeo podemos perceber de uma maneira bem visível como é a vida de um trabalhador escravo, e ver também que todos merecemos trabalhar de maneira digna, com todos nossos direitos garantidos, e que devemos ter cuidado com promessas milagrosas.

Análise do vídeo 3:

Trabalho Escravo - Ação Integrada
O vídeo apresentou as vulnerabilidades do trabalhador rural, em relação as aos domínios de seus direitos trabalhistas, demonstrando a precariedade que trabalhadores em regime escravo estavam submetidos, tanto em relação ao seu trabalho, quanto nos alojamentos que eram fornecidos.
Pode-se observar estatisticamente no presente vídeo que os trabalhadores vieram de outros estados para trabalhar com o corte de cana-de-açúcar, e uma faixa etária de 15 a 45 anos de idade, procurando assim melhorias financeiras. E quando chegam são enganados pelos donos das fazendas, e os trabalhadores sem dinheiro para voltar para seus respectivos estados entram são integrados no regime de escravidão, até que os órgão competentes possam localizar estes trabalhadores.
Visando uma nova perspectiva para os trabalhadores são elaborados novos planos para que estes não possam ser aliciados para o trabalho escravo, integrando estes em novos cursos para capacitação pessoal e fornecendo um seguro desemprego especial.
Análise do Vídeo 4:
Exploração do trabalho infantil no Brasil e no mundo
Como é difícil  acreditar as vezes que existem pessoas que colocam crianças para trabalhar, de maneira desumana e em condições de risco, esse vídeo vem nos mostrar isso, a partir de frases e fotografias, o quanto é comum encontrar crianças em trabalhos que oferecem perigo até mesmo para adultos, imagina para uma criança que nem sabe as maldades do mundo, encontrar crianças nas ruas vendo doces ou brinquedos em semáforos já faz parte do nosso cotidiano, e esse é o problema, isso não é normal, na verdade é crime, e quem faz algo para mudar, ninguém, hoje tudo se torna normal, e esse é o grande perigo, somos acomodados demais com os problemas da nossa sociedade. Podemos encontrar também crianças trabalhando no meio rural, junto de seus pais, para poder ajudar na renda de casa, a questão é, criança tem que brincar, estudar, apenas ser criança, nada além disso!

Análise vídeo 5:

Trabalho infantil Parte 1 - Profissão Repórter - Rede Globo
O vídeo proporciona uma ampliação do que é o trabalho infantil, pois mostra como é a rotina de crianças e adolescentes que trabalham em diferentes serviços. Começa-se mostrando o cotidiano de um menino de 15 anos que trabalha com pesca em Maceió, o jovem acorda as duas horas da madruga para ir trabalhar, pois a pesca só acontece durante a madrugada e termina pela manhã, e o final de cada dia de trabalho recebe apenas dez reais, e mora em um barraco próximo da praia, sem nenhuma condição de higiene e segurança. Depois mostra-se uma feira em Rio Grande do Norte, afirma-se que no Estado tem um número muito grande de menores que trabalham em feiras, existe crianças de dez anos até dezesseis, que exercem funções que coloca sua saúde em risco, como carregar muito peso para a idade deles. A reportagem destaca também pais de adolescentes que vão até os juízes para pedir permissão para que seus filhos possam trabalhar, alegando que irá ajuda-los a se desenvolver e criar responsabilidades desde cedo, o pior, o juiz assina o documento na maioria das vezes dando permissão. A o ponto aqui é, desde quando colocar uma criança para trabalhar ajuda ela a se desenvolver, muitas vezes acaba tirando esse jovem da escola, e isso é ter juízo? Isso é o trabalho contemporâneo.

Análise vídeo 6:

Trabalho infantil Parte 2 - Profissão Repórter - Rede Globo
Esse vídeo é uma continuação do anterior comentado. Ele irá abordar crianças que trabalham descascando castanhas, famílias inteiras que trabalham fazendo a mesma coisa, meninos ainda muito pequenos já desenvolvendo essa função, ficando o dia inteiro sentados e sem nenhuma proteção no processo de retirada da casca das castanhas. Depois volta a mostrar um pouco mais sobre a pesca, mas mais voltado para a crianças que tiravam as cascas do Sururu, mostrando o quanto o trabalho pode atrapalhar no desenvolvimento escolar, no aprendizado, e isso é ilustrado com uma meninas de nove anos que reprovou na escola por causa de tantas faltas, por estar cansada de tanto trabalhar com sua mãe. A vida dessas crianças não é fácil, é um trabalho escravo infantil, as vezes é difícil encarar nossa realidade, mas ela infelizmente é essa, milhares de crianças sendo exploradas todos os dias!
Análise vídeo 7:
A Liga - Trabalho Infantil (Parte 1)
Trabalho infantil é normal, essa é a fala de um homem quando um repórter o questiona o que ele achava de um menino de doze anos estar nos semáforos vendendo balas para ganhar dinheiro, esse é o maior erro do ser humano hoje, tudo se tornou normal e natural. Crianças que trabalham para ajudar suas famílias, quase sempre tem vários irmãos e então a renda dos país não é suficiente e mesmo recendo auxilio governo, essa crianças precisam trabalhar. O vídeo deixa claro que é proibido trabalhar antes dos dezesseis anos no Brasil, a não ser em condição de aprendiz, que então começaria com quatorze anos. Mas não vemos essa lei ser cumprida, mas vemos crianças correndo riscos todos os dias, como por exemplo, as quem trabalham no corte de gado, com facas, crianças de oito anos já fazem um serviço como esse, e o pior não estamos contando uma história, pois isso faz parte do século XXI, essa situação compõe o trabalho contemporâneo. E é isso que nossos alunos tem que perceber, as escravidão existe, a cada dia está pior e mais mascarada.

Análise vídeo 8:

A Liga - Trabalho Infantil (Parte 2)
Sonho, não tenho, o trabalho retira das crianças até a oportunidade de sonhar, você ouvir uma criança falar isso, não tem nada pior. O trabalho pelo que pode-se perceber a partir do vídeo não permite que as crianças tenham expectativas de um futuro melhor, elas não veem nada além do trabalho que elas fazem, aquilo para elas já é o suficiente. Os pais dessas crianças dizem que se elas não trabalharem não tem como a família sobreviver. Pensar, dizer e criticar não é o suficiente para mudar a vida dessas crianças, as políticas públicas não são tão eficazes como deveriam, essas famílias passam necessidades, essas crianças são obrigadas a trabalhar, e esse é ciclo que vemos se repetir a séculos.

Análise vídeo 9:

TRABALHO ESCRAVO EXISTE?
Mesmo não existindo mais as correntes ou senzalas, são inúmeras as semelhanças relatadas por trabalhadores de condições que remetem a uma escravidão contemporânea. Ameaças de morte, castigos físicos, dívidas que impedem o livre exercício do ir e vir, alojamentos sem rede de esgoto ou iluminação, sem armários ou camas, jornadas que ultrapassam 12 horas por dia, sem alimentação ou água potável, falta de equipamentos de proteção, promessas não cumpridas. Uma discussão sobre a definição de “trabalho escravo” é o cerne da questão. Enquanto alguns consideram a legislação clara, outros acreditam que ela dá margem à interpretação dos fiscais no momento da blitz. A regulamentação da medida deverá ser alvo de novos embates.O Código Penal define uma pena de reclusão de dois a oito anos e multa para quem “reduz alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”.
Análise vídeo 10:
TRABALHO X CAPITAL
Segundo Karl Marx a asserção de que todo novo estado da divisão do trabalho determina as relações dos indivíduos entre si com referência a material, instrumento e produto do trabalho. Com o trabalho industrial, no modo de produção especificamente capitalista, que se dá de fato a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual. Marx diz que mesmo na manufatura ainda havia a possibilidade de algum trabalho diferenciado. Essa é uma relação hierárquica. Os operários estão submetidos à lógica que o capital impôs ao processo de trabalho. Quem atua para submetê-los são os trabalhadores técnico-científicos, que se constituem em agentes do capital. O capital é o principal objetivo do mundo capitalista e o trabalhador continua sendo visto como um mero objeto de uso que serve para produzir.

Análise vídeo 11:

Documentário - Trabalho: essência humana ou mercadoria?
O que de fato é o trabalho? O trabalho dentro da história da humanidade é um elemento que se confunde com a própria vida, pois é uma atividade natural e eterna da raça humana que se caracteriza pela ação produtiva, sendo o instrumento utilizado pelo homem a fim de satisfazer as suas necessidades mais primárias - logo foi o homem que o inventou. A partir do trabalho é que o homem pode se adaptar à natureza e modificar a natureza e pode nesse caso transformar as relações sociais que puderam inclusive evoluir para algumas condições tecnologicamente mais avançadas. O trabalho é relação do homem com o mundo, pela qual aquele transforma este retirando dele sua subsistência, o que possibilita sua emancipação da natureza. Entretanto o trabalho vai além da necessidade humana de buscar a sua subsistência ou realização pessoal e social, ele também serve para expressar a essência humana, a própria personalidade do indivíduo. Quando dizemos, por exemplo, que alguém é médico, policial ou artesão, etc... O trabalho gera conhecimento, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento econômico, por isso ele é e sempre será valorizado em todas as sociedades, exercendo diferentes funções em cada uma delas.

Análise Vídeo 12:
GLOBALIZAÇÃO E SEUS EFEITOS NO MERCADO DE TRABALHO

Com a globalização, ocorreram profundas mudanças e o conhecimento se expandiu. Nos últimos tempos, saímos de uma economia baseada em indústrias e entramos numa economia baseada em informações. A quantidade de informações disponíveis através dos meios de comunicações é muito grande, mas é necessário saber selecionar onde devemos investir nosso tempo, visando o nosso crescimento profissional e intelectual. Diante desta nova realidade, cada vez mais os clientes exigem produtos e serviços rápidos, aliados à qualidade e preços competitivos, e as empresas buscam adequar-se para se tornarem mais competitivas. As transformações que caracterizam o novo mundo do trabalho são frutos do processo denominado Terceira Revolução Industrial. Essa caracterização se intensifica a partir do desenvolvimento dinâmico da pesquisa e da produção científica e tecnológica que desde as últimas décadas alcançam uma elevada velocidade de desenvolvimento. A Terceira Revolução Industrial provou profundas mudanças na forma de produzir e, consequentemente, o seu bom aproveitamento, trouxe algo de novo para configuração dos novos empregos sob formato de ocupações e também um novo perfil para os profissionais. Estas tendências mostram-se incompatíveis com a velha organização do trabalho, caracterizados pelos modelos Taylorista e o Fordista que exigiam pouca escolaridade da maioria de seus trabalhadores.

Análise de vídeo 13:
O TRABALHO NAS DIFERENTES SOCIEDADES

Pra que existe o trabalho?
O trabalho existe para satisfazer as mais diversas necessidades humanas, das mais simples (comida, abrigo) às mais complexas (lazer, crença); enfim, necessidades físicas e espirituais. O trabalho nas diferentes sociedades: Sociedade greco-romana: A escravidão era fundamental para manter os cidadãos comuns longe do trabalho braçal, discutindo os assuntos que proporcionariam o bem-estar de seus semelhantes;
Sociedade feudal: Quem de fato trabalhavam eram os servos, os aldeões e os camponeses livres. Os senhores feudais e o clero exploravam e viviam do trabalho destes primeiros.
Sociedades tribais: Nas sociedades tribais o trabalho é uma atividade vinculada às outras, bem diferente das outras sociedades. A produção (trabalho) está vinculada a mitos e ritos, ligada ao parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a vida do grupo.
O trabalho na sociedade capitalista
O capitalismo se constituiu a partir da decadência do Feudalismo na Europa Ocidental. Com ele o trabalho se transforma em uma mercadoria que pode ser comprada e vendida – a força do trabalho.
Weber - Relacionou o Capitalismo ao Protestantismo. A Reforma Protestante deu ao trabalho a condição de se obter êxito material como expressão de bênção divina, ao contrário da igreja cristã do sistema feudal; Marx - Quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando demais e recebendo de menos, os conflitos começam a ocorrer. Procurou demonstrar os conflitos entre trabalhadores e capitalistas, cujo lucro se dava através da “mais-valia”, diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Seria a base da exploração no sistema capitalista; Durkheim - A divisão do trabalho seria uma forma de solidariedade e não um fator de conflito. A solidariedade orgânica une os indivíduos em funções sociais nas quais cada pessoa depende da outra. Assim, a ebulição pela qual passava a sociedade era uma questão moral, pois faltavam normas e instituições para integrar a sociedade. Transformações no mundo do trabalho ocorreram pelos sistemas fordistas, taylorista e Pós-fordismo ou acumulação flexível.
Fordismo - No início do século XX, a partir do desenvolvimento das fábricas, surgem as linhas de montagem, com a divisão do trabalho mais aperfeiçoada e detalhada.
Taylorismo - Propõem a organização do trabalho de forma científica, racionalizando a produção. Surge na indústria o planejamento ajustado para controlar a execução das tarefas e os especialistas em administração. Os trabalhadores eram recompensados ou punidos de acordo com a sua produtividade na indústria.
Pós-fordismo ou acumulação flexível - A partir dos anos de 1970. Flexibilização dos processos de produção (automação); flexibilização dos mercados de trabalho (subemprego); flexibilização dos produtos e dos padrões de consumo – a durabilidade dos produtos é pequena e a mídia estimula a troca.

Vídeo 14:
RELACÃO DE TRABALHO NO MUNDO

As transformações pelas quais o mundo do trabalho vem passando desde então são importantíssimas para que se compreenda a organização atual dessas relações. Desde o escravismo antigo, passando pelo artesanato, servidão, e tantas outras formas de trabalho até chegarmos aos moldes do trabalho industrial no mundo moderno acarretaram transformações que dizem respeito à própria vida em sociedade, organização desses sujeitos e relações de poder entre os proprietários dos meios de produção e aqueles que vendem sua força de trabalho. O impacto de novas tecnologias no mundo do trabalho, novas formas de organização, obsolescência de diversas profissões, o aumento do mecanismo de exclusão, a exigência de cada vez mais qualificação da mão de obras são fatores ainda presentes e que nos mostram o quanto o mundo do trabalho ainda encontra-se em contínuo processo de transformação. Contudo, o advento do capitalismo e as bruscas transformações acarretadas pela revolução industrial são ainda o grande ponto de transformação da lógica do trabalho. Essa transformação da forma de viver, destruição de costumes e instituições, a automação, a formação do proletariado, etc. tudo isso fez com que se despertasse a atenção daqueles que observam cientificamente a sociedade.

Vídeo 15:
HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL I - PGM 19 - TRABALHO INDÍGENA E TRABALHO AFRICANO: A FORMAÇÃO

O descobrimento do Brasil acontece em 22 de abril de 1500, quando as caravelas de Pedro Álvares Cabral chegaram ao Brasil. Porém, com a divisão administrativa que foi feita, as chamadas Capitanias Hereditárias, e o alto custo de manutenção, o país só começou a ser colonizado de fato trinta anos depois, com a fundação das primeiras vilas e a introdução da cana-de-açúcar e a escravidão africana como principal fonte de lucros. O primeiro povo a ser escravizado foram os indígenas. Sua principal função era a extração de pau-brasil, madeira usada para a fabricação de tinturas. O trabalho era considerado compulsório e para compensar as horas trabalhadas os índios trocavam mercadorias, uma prática conhecida por escambo. Com a necessidade de proteger a colônia de invasões e introduzir uma atividade econômica produtiva na região os portugueses decidiram implantar os engenhos de cana-de-açúcar, matéria-prima com grande aceitação na Europa e que se adaptou muito bem ao clima brasileiro. Depois de instalar os engenhos de açúcar na colônia, por uma questão econômica e a necessidade de mão de obra qualificada para trabalhar nos engenhos, Portugal começa a investir no tráfico de escravos. O primeiro navio de escravos chega a Salvador a partir de 1560. Para a historiadora Marli Geralda “A característica da economia decidiu o tipo de escravidão, o africano era considerado como uma coisa que falava”. “Duas forças permitiram que a escravidão permanecesse no Brasil: pressão externa (dos traficantes de escravos, comércio que gerava muito dinheiro) e condição interna (a produção agrícola de cana-de-açúcar que precisava de mão de obra especializada)”, diz. De acordo com o professor de história Carlos Francisco, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a escravidão começa a partir do século 16 e permanece até o começo do século 19. “Durante esse período várias mudanças ocorreram em relação aos tipos de escravidão, a primeira fase é constituída por escravos africanos, e o tipo de escravidão era rural. Com o desenvolvimento urbano no país e o descobrimento do ouro em Minas Gerais, os escravos agora são descendentes de africanos, os chamados criollos, e a escravidão é urbana”.

VÍDEO 16:
A RELAÇÃO DE TRABALHO NO BRASIL
 https://www.youtube.com/watch?v=GeKs6rjffA0

O trabalho livre e assalariado ganhou espaço após a abolição da escravidão no Brasil em 1888 e com a vinda dos imigrantes europeus para o País. Mas as condições impostas eram ruins, gerando no País as primeiras discussões sobre leis trabalhistas. O atraso da sociedade brasileira em relação a esses direitos impulsionou a organização dos trabalhadores, formando o que viriam a ser os primeiros sindicatos brasileiros. As primeiras normas trabalhistas surgiram no País a partir da última década do século XIX, caso do Decreto nº 1.313, de 1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. Em 1912 foi fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), durante o 4º Congresso Operário Brasileiro. A CTB tinha o objetivo de reunir as reivindicações operárias, tais como: jornada de trabalho de oito horas, fixação do salário mínimo, indenização para acidentes, contratos coletivos ao invés de individuais, dentre outros. A política trabalhista brasileira toma forma após a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar de Direito do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas, proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial. A necessidade de reunir as normas trabalhistas em um único código abriu espaço para Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943. Entre os anos 1940 e 1953, a classe operária duplicou seu contingente. Aos poucos, também iam nascendo os sindicatos rurais. O golpe militar de 1964 representou a mais dura repressão enfrentada pela classe trabalhadora do País. As intervenções atingiram sindicatos em todo o Brasil e o ápice foi o decreto nº 4.330, conhecido como lei antigreve, que impôs tantas regras para realizar uma greve que, na prática, elas ficaram proibidas. Após o fim da ditadura em 1985, as conquistas dos trabalhadores foram restabelecidas. A Constituição de 1988 instituiu, por exemplo, a Lei nº 7.783/89, que restabelecia o direito de greve e a livre associação sindical e profissional.


Nenhum comentário:

Postar um comentário