Vídeo
1: Link: https://www.youtube.com/watch?v=Q1T9qRb9B8E
Ciclo
do Trabalho Escravo Contemporâneo
Esse
primeiro vídeo tem uma duração bem curta, mas muito interessante, pois ele traz
um ideia geral do que seria o trabalho escravo no século XXI, e de que como
isso está próximo de nós, e muitas vezes não conseguimos enxergar. Ele traz
dados numéricos, como o de que há mais de 20 milhões de trabalhadores escravos
no mundo, e também mostra algumas áreas que costumam ter um grande número de
trabalhadores escravos, alguns exemplos são, trabalhadores rurais e fabricas
que produzem roupas. Mostra também como esses indivíduos são enganos com falsas
promessas, e depois ficam presos, sem poder sair do trabalho. E o principal
isso não acontece apenas em locais isolados e distantes, o trabalho escravo
está em todas as partes. Com isso o vídeo pode contribuir para abrir os olhos
dos jovens em sala de aula, e perceber que devem tomar cuidado, e também
entender como funciona o trabalho escravo atual.
Análise
do vídeo 2:
Combate
ao Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil
O
segundo vídeo é interessante pois traz trabalhadores que estiveram na condição
de trabalho escravo, contando o que passavam e como era. No vídeo podemos ter
um dado importante, que o Estado que tem maior concentração de trabalhadores em
condição de escravidão é o Piauí. Podemos também ter um conhecimento mais
detalhado de como é o aliciamento desses trabalhadores, pois os ex-escravos dão
depoimentos de como era todo o processo, desde o momento que iniciariam no
trabalho até como era a vida deles durante o trabalhado. Eles relatam que eles
eram convencidos a saírem de suas casas, que os gatos prometiam bons salários,
um lugar confortável para morar, mas quando chegavam ao local que iriam
trabalhar, já tinham dividas com o gato ( o aliciador de trabalhadores
escravos), deviam a comida, o lugar que iam dormir, a passagem de ônibus, já
tinham uma dívida enorme, quem nem com o trabalho ele conseguiam pagar, pois
quanto mais ficavam trabalhando maior era a dívida, a única forma de sair da
escravidão era com a chegada da polícia no local ou fugindo. Depois temos
algumas dicas de responsáveis por sindicatos, falando de como tentar evitar de
acreditar em pessoas que prometem emprego. Mostra também como é difícil ser
diretor de um sindicato no Estado do Piauí, pois eles são assassinados ou
ameaçados, então a violência é muito grande, para se continuar com
trabalhadores escravos. O vídeo mostra também locais que já tiveram
trabalhadores escravos. E destaca locais em campinas que tinha trabalhadores
escravos, mostra a casa que eles moravam, e o perigo que esses trabalhadores
estavam correndo por causa da fiação da casa. Com esse vídeo podemos perceber
de uma maneira bem visível como é a vida de um trabalhador escravo, e ver
também que todos merecemos trabalhar de maneira digna, com todos nossos
direitos garantidos, e que devemos ter cuidado com promessas milagrosas.
Análise do vídeo 3:
Trabalho Escravo - Ação
Integrada
O
vídeo apresentou as vulnerabilidades do trabalhador rural, em relação as aos
domínios de seus direitos trabalhistas, demonstrando a precariedade que
trabalhadores em regime escravo estavam submetidos, tanto em relação ao seu
trabalho, quanto nos alojamentos que eram fornecidos.
Pode-se
observar estatisticamente no presente vídeo que os trabalhadores vieram de
outros estados para trabalhar com o corte de cana-de-açúcar, e uma faixa etária
de 15 a 45 anos de idade, procurando assim melhorias financeiras. E quando
chegam são enganados pelos donos das fazendas, e os trabalhadores sem dinheiro
para voltar para seus respectivos estados entram são integrados no regime de
escravidão, até que os órgão competentes possam localizar estes trabalhadores.
Visando
uma nova perspectiva para os trabalhadores são elaborados novos planos para que
estes não possam ser aliciados para o trabalho escravo, integrando estes em
novos cursos para capacitação pessoal e fornecendo um seguro desemprego
especial.
Análise
do Vídeo 4:
Exploração
do trabalho infantil no Brasil e no mundo
Como
é difícil acreditar as vezes que existem
pessoas que colocam crianças para trabalhar, de maneira desumana e em condições
de risco, esse vídeo vem nos mostrar isso, a partir de frases e fotografias, o
quanto é comum encontrar crianças em trabalhos que oferecem perigo até mesmo
para adultos, imagina para uma criança que nem sabe as maldades do mundo,
encontrar crianças nas ruas vendo doces ou brinquedos em semáforos já faz parte
do nosso cotidiano, e esse é o problema, isso não é normal, na verdade é crime,
e quem faz algo para mudar, ninguém, hoje tudo se torna normal, e esse é o
grande perigo, somos acomodados demais com os problemas da nossa sociedade.
Podemos encontrar também crianças trabalhando no meio rural, junto de seus
pais, para poder ajudar na renda de casa, a questão é, criança tem que brincar,
estudar, apenas ser criança, nada além disso!
Análise
vídeo 5:
Trabalho
infantil Parte 1 - Profissão Repórter - Rede Globo
O
vídeo proporciona uma ampliação do que é o trabalho infantil, pois mostra como
é a rotina de crianças e adolescentes que trabalham em diferentes serviços.
Começa-se mostrando o cotidiano de um menino de 15 anos que trabalha com pesca
em Maceió, o jovem acorda as duas horas da madruga para ir trabalhar, pois a
pesca só acontece durante a madrugada e termina pela manhã, e o final de cada
dia de trabalho recebe apenas dez reais, e mora em um barraco próximo da praia,
sem nenhuma condição de higiene e segurança. Depois mostra-se uma feira em Rio
Grande do Norte, afirma-se que no Estado tem um número muito grande de menores
que trabalham em feiras, existe crianças de dez anos até dezesseis, que exercem
funções que coloca sua saúde em risco, como carregar muito peso para a idade
deles. A reportagem destaca também pais de adolescentes que vão até os juízes
para pedir permissão para que seus filhos possam trabalhar, alegando que irá
ajuda-los a se desenvolver e criar responsabilidades desde cedo, o pior, o juiz
assina o documento na maioria das vezes dando permissão. A o ponto aqui é,
desde quando colocar uma criança para trabalhar ajuda ela a se desenvolver,
muitas vezes acaba tirando esse jovem da escola, e isso é ter juízo? Isso é o
trabalho contemporâneo.
Análise
vídeo 6:
Trabalho
infantil Parte 2 - Profissão Repórter - Rede Globo
Esse
vídeo é uma continuação do anterior comentado. Ele irá abordar crianças que
trabalham descascando castanhas, famílias inteiras que trabalham fazendo a
mesma coisa, meninos ainda muito pequenos já desenvolvendo essa função, ficando
o dia inteiro sentados e sem nenhuma proteção no processo de retirada da casca
das castanhas. Depois volta a mostrar um pouco mais sobre a pesca, mas mais
voltado para a crianças que tiravam as cascas do Sururu, mostrando o quanto o
trabalho pode atrapalhar no desenvolvimento escolar, no aprendizado, e isso é
ilustrado com uma meninas de nove anos que reprovou na escola por causa de
tantas faltas, por estar cansada de tanto trabalhar com sua mãe. A vida dessas
crianças não é fácil, é um trabalho escravo infantil, as vezes é difícil
encarar nossa realidade, mas ela infelizmente é essa, milhares de crianças
sendo exploradas todos os dias!
Análise
vídeo 7:
A
Liga - Trabalho Infantil (Parte 1)
Trabalho
infantil é normal, essa é a fala de um homem quando um repórter o questiona o
que ele achava de um menino de doze anos estar nos semáforos vendendo balas
para ganhar dinheiro, esse é o maior erro do ser humano hoje, tudo se tornou
normal e natural. Crianças que trabalham para ajudar suas famílias, quase
sempre tem vários irmãos e então a renda dos país não é suficiente e mesmo
recendo auxilio governo, essa crianças precisam trabalhar. O vídeo deixa claro
que é proibido trabalhar antes dos dezesseis anos no Brasil, a não ser em
condição de aprendiz, que então começaria com quatorze anos. Mas não vemos essa
lei ser cumprida, mas vemos crianças correndo riscos todos os dias, como por
exemplo, as quem trabalham no corte de gado, com facas, crianças de oito anos
já fazem um serviço como esse, e o pior não estamos contando uma história, pois
isso faz parte do século XXI, essa situação compõe o trabalho contemporâneo. E é
isso que nossos alunos tem que perceber, as escravidão existe, a cada dia está
pior e mais mascarada.
Análise
vídeo 8:
A
Liga - Trabalho Infantil (Parte 2)
Sonho,
não tenho, o trabalho retira das crianças até a oportunidade de sonhar, você
ouvir uma criança falar isso, não tem nada pior. O trabalho pelo que pode-se
perceber a partir do vídeo não permite que as crianças tenham expectativas de
um futuro melhor, elas não veem nada além do trabalho que elas fazem, aquilo
para elas já é o suficiente. Os pais dessas crianças dizem que se elas não
trabalharem não tem como a família sobreviver. Pensar, dizer e criticar não é o
suficiente para mudar a vida dessas crianças, as políticas públicas não são tão
eficazes como deveriam, essas famílias passam necessidades, essas crianças são
obrigadas a trabalhar, e esse é ciclo que vemos se repetir a séculos.
Análise
vídeo 9:
TRABALHO
ESCRAVO EXISTE?
Mesmo
não existindo mais as correntes ou senzalas, são inúmeras as semelhanças
relatadas por trabalhadores de condições que remetem a uma escravidão
contemporânea. Ameaças de morte, castigos físicos, dívidas que impedem o livre
exercício do ir e vir, alojamentos sem rede de esgoto ou iluminação, sem
armários ou camas, jornadas que ultrapassam 12 horas por dia, sem alimentação
ou água potável, falta de equipamentos de proteção, promessas não cumpridas.
Uma
discussão sobre a definição de “trabalho escravo” é o cerne da questão.
Enquanto alguns consideram a legislação clara, outros acreditam que ela dá
margem à interpretação dos fiscais no momento da blitz. A regulamentação da
medida deverá ser alvo de novos embates.O Código Penal define uma pena de
reclusão de dois a oito anos e multa para quem “reduz alguém a condição análoga
à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva,
quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por
qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou
preposto”.
Análise
vídeo 10:
TRABALHO
X CAPITAL
Segundo
Karl Marx a asserção de que todo novo estado da divisão do trabalho determina
as relações dos indivíduos entre si com referência a material, instrumento e
produto do trabalho. Com o trabalho industrial, no modo de produção
especificamente capitalista, que se dá de fato a divisão entre trabalho manual
e trabalho intelectual. Marx diz que mesmo na manufatura ainda havia a
possibilidade de algum trabalho diferenciado. Essa é uma relação
hierárquica. Os operários estão submetidos à lógica que o capital impôs ao
processo de trabalho. Quem atua para submetê-los são os trabalhadores
técnico-científicos, que se constituem em agentes do capital. O capital é o
principal objetivo do mundo capitalista e o trabalhador continua sendo visto
como um mero objeto de uso que serve para produzir.
Análise
vídeo 11:
Documentário
- Trabalho: essência humana ou mercadoria?
O
que de fato é o trabalho? O trabalho dentro da história da
humanidade é um elemento que se confunde com a própria vida, pois é uma
atividade natural e eterna da raça humana que se caracteriza pela ação
produtiva, sendo o instrumento utilizado pelo homem a fim de satisfazer as suas
necessidades mais primárias - logo foi o homem que o inventou. A partir do
trabalho é que o homem pode se adaptar à natureza e modificar a natureza e pode
nesse caso transformar as relações sociais que puderam inclusive evoluir para
algumas condições tecnologicamente mais avançadas. O
trabalho é relação do homem com o mundo, pela qual aquele transforma este
retirando dele sua subsistência, o que possibilita sua emancipação da natureza.
Entretanto o trabalho vai além da necessidade humana de buscar a sua
subsistência ou realização pessoal e social, ele também serve para expressar a
essência humana, a própria personalidade do indivíduo. Quando dizemos, por
exemplo, que alguém é médico, policial ou artesão, etc... O trabalho gera
conhecimento, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento
econômico, por isso ele é e sempre será valorizado em todas as sociedades, exercendo
diferentes funções em cada uma delas.
Análise
Vídeo 12:
GLOBALIZAÇÃO
E SEUS EFEITOS NO MERCADO DE TRABALHO
Com
a globalização, ocorreram profundas mudanças e o conhecimento se expandiu. Nos
últimos tempos, saímos de uma economia baseada em indústrias e entramos numa
economia baseada em informações. A quantidade de informações disponíveis
através dos meios de comunicações é muito grande, mas é necessário saber
selecionar onde devemos investir nosso tempo, visando o nosso crescimento
profissional e intelectual. Diante desta nova realidade, cada vez mais os
clientes exigem produtos e serviços rápidos, aliados à qualidade e preços
competitivos, e as empresas buscam adequar-se para se tornarem mais
competitivas. As transformações que caracterizam o novo mundo do trabalho
são frutos do processo denominado Terceira Revolução Industrial. Essa
caracterização se intensifica a partir do desenvolvimento dinâmico da pesquisa
e da produção científica e tecnológica que desde as últimas décadas alcançam
uma elevada velocidade de desenvolvimento. A Terceira Revolução Industrial
provou profundas mudanças na forma de produzir e, consequentemente, o seu bom
aproveitamento, trouxe algo de novo para configuração dos novos empregos sob
formato de ocupações e também um novo perfil para os profissionais. Estas
tendências mostram-se incompatíveis com a velha organização do trabalho,
caracterizados pelos modelos Taylorista e o Fordista que exigiam pouca escolaridade
da maioria de seus trabalhadores.
Análise
de vídeo 13:
O
TRABALHO NAS DIFERENTES SOCIEDADES
Pra
que existe o trabalho?
O
trabalho existe para satisfazer as mais diversas necessidades humanas, das mais
simples (comida, abrigo) às mais complexas (lazer, crença); enfim, necessidades
físicas e espirituais. O trabalho nas diferentes sociedades: Sociedade
greco-romana: A escravidão era fundamental para manter os cidadãos comuns longe
do trabalho braçal, discutindo os assuntos que proporcionariam o bem-estar de
seus semelhantes;
Sociedade
feudal: Quem de fato trabalhavam eram os servos, os aldeões e os camponeses
livres. Os senhores feudais e o clero exploravam e viviam do trabalho destes
primeiros.
Sociedades
tribais: Nas sociedades tribais o trabalho é uma atividade vinculada às outras,
bem diferente das outras sociedades. A produção (trabalho) está vinculada a
mitos e ritos, ligada ao parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a vida
do grupo.
O
trabalho na sociedade capitalista
O
capitalismo se constituiu a partir da decadência do Feudalismo na Europa
Ocidental. Com ele o trabalho se transforma em uma mercadoria que pode ser
comprada e vendida – a força do trabalho.
Weber
- Relacionou o Capitalismo ao Protestantismo. A Reforma Protestante deu ao
trabalho a condição de se obter êxito material como expressão de bênção divina,
ao contrário da igreja cristã do sistema feudal; Marx - Quando os trabalhadores
percebem que estão trabalhando demais e recebendo de menos, os conflitos começam
a ocorrer. Procurou demonstrar os conflitos entre trabalhadores e capitalistas,
cujo lucro se dava através da “mais-valia”, diferença entre o valor produzido
pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Seria a base da exploração no
sistema capitalista; Durkheim - A divisão do trabalho seria uma forma de
solidariedade e não um fator de conflito. A solidariedade orgânica une os
indivíduos em funções sociais nas quais cada pessoa depende da outra. Assim, a
ebulição pela qual passava a sociedade era uma questão moral, pois faltavam
normas e instituições para integrar a sociedade. Transformações no mundo do
trabalho ocorreram pelos sistemas fordistas, taylorista e Pós-fordismo ou
acumulação flexível.
Fordismo
- No início do século XX, a partir do desenvolvimento das fábricas, surgem as
linhas de montagem, com a divisão do trabalho mais aperfeiçoada e detalhada.
Taylorismo
- Propõem a organização do trabalho de forma científica, racionalizando a
produção. Surge na indústria o planejamento ajustado para controlar a execução
das tarefas e os especialistas em administração. Os trabalhadores eram
recompensados ou punidos de acordo com a sua produtividade na indústria.
Pós-fordismo
ou acumulação flexível - A partir dos anos de 1970. Flexibilização dos
processos de produção (automação); flexibilização dos mercados de trabalho
(subemprego); flexibilização dos produtos e dos padrões de consumo – a
durabilidade dos produtos é pequena e a mídia estimula a troca.
Vídeo
14:
RELACÃO
DE TRABALHO NO MUNDO
As
transformações pelas quais o mundo do trabalho vem passando desde então são
importantíssimas para que se compreenda a organização atual dessas relações.
Desde o escravismo antigo, passando pelo artesanato, servidão, e tantas outras
formas de trabalho até chegarmos aos moldes do trabalho industrial no mundo
moderno acarretaram transformações que dizem respeito à própria vida em
sociedade, organização desses sujeitos e relações de poder entre os
proprietários dos meios de produção e aqueles que vendem sua força de trabalho.
O impacto de novas tecnologias no mundo do trabalho, novas formas de
organização, obsolescência de diversas profissões, o aumento do mecanismo de
exclusão, a exigência de cada vez mais qualificação da mão de obras são fatores
ainda presentes e que nos mostram o quanto o mundo do trabalho ainda
encontra-se em contínuo processo de transformação. Contudo, o advento do
capitalismo e as bruscas transformações acarretadas pela revolução industrial
são ainda o grande ponto de transformação da lógica do trabalho. Essa
transformação da forma de viver, destruição de costumes e instituições, a
automação, a formação do proletariado, etc. tudo isso fez com que se despertasse
a atenção daqueles que observam cientificamente a sociedade.
Vídeo
15:
HISTÓRIA
DO BRASIL COLONIAL I - PGM 19 - TRABALHO INDÍGENA E TRABALHO AFRICANO: A
FORMAÇÃO
O
descobrimento do Brasil acontece em 22 de abril de 1500, quando as caravelas de
Pedro Álvares Cabral chegaram ao Brasil. Porém, com a divisão administrativa
que foi feita, as chamadas Capitanias Hereditárias, e o alto custo de manutenção,
o país só começou a ser colonizado de fato trinta anos depois, com a fundação
das primeiras vilas e a introdução da cana-de-açúcar e a escravidão africana
como principal fonte de lucros. O primeiro povo a ser
escravizado foram os indígenas. Sua principal função era a extração de
pau-brasil, madeira usada para a fabricação de tinturas. O trabalho era
considerado compulsório e para compensar as horas trabalhadas os índios
trocavam mercadorias, uma prática conhecida por escambo. Com a necessidade de proteger
a colônia de invasões e introduzir uma atividade econômica produtiva na região
os portugueses decidiram implantar os engenhos de cana-de-açúcar, matéria-prima
com grande aceitação na Europa e que se adaptou muito bem ao clima brasileiro.
Depois
de instalar os engenhos de açúcar na colônia, por uma questão econômica e a
necessidade de mão de obra qualificada para trabalhar nos engenhos, Portugal
começa a investir no tráfico de escravos. O primeiro navio de escravos chega a
Salvador a partir de 1560. Para a historiadora Marli Geralda “A característica
da economia decidiu o tipo de escravidão, o africano era considerado como uma
coisa que falava”. “Duas forças permitiram que a escravidão permanecesse no
Brasil: pressão externa (dos traficantes de escravos, comércio que gerava muito
dinheiro) e condição interna (a produção agrícola de cana-de-açúcar que
precisava de mão de obra especializada)”, diz. De acordo com o
professor de história Carlos Francisco, da Universidade Federal da Bahia
(UFBA), a escravidão começa a partir do século 16 e permanece até o começo do
século 19. “Durante esse período várias mudanças ocorreram em relação aos tipos
de escravidão, a primeira fase é constituída por escravos africanos, e o tipo
de escravidão era rural. Com o desenvolvimento urbano no país e o descobrimento
do ouro em Minas Gerais, os escravos agora são descendentes de africanos, os
chamados criollos, e a escravidão é urbana”.
VÍDEO
16:
A
RELAÇÃO DE TRABALHO NO BRASIL
https://www.youtube.com/watch?v=GeKs6rjffA0
O
trabalho livre e assalariado ganhou espaço após a abolição da escravidão no
Brasil em 1888 e com a vinda dos imigrantes europeus para o País. Mas as
condições impostas eram ruins, gerando no País as primeiras discussões sobre
leis trabalhistas. O atraso da sociedade brasileira em relação a esses direitos
impulsionou a organização dos trabalhadores, formando o que viriam a ser os
primeiros sindicatos brasileiros. As primeiras normas trabalhistas surgiram no
País a partir da última década do século XIX, caso do Decreto nº 1.313, de
1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. Em 1912 foi
fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), durante o 4º Congresso
Operário Brasileiro. A CTB tinha o objetivo de reunir as reivindicações
operárias, tais como: jornada de trabalho de oito horas, fixação do salário
mínimo, indenização para acidentes, contratos coletivos ao invés de
individuais, dentre outros. A política trabalhista brasileira toma
forma após a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas cria o Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar
de Direito do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário
mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas,
proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial. A necessidade de
reunir as normas trabalhistas em um único código abriu espaço para Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943. Entre os anos 1940 e 1953, a classe
operária duplicou seu contingente. Aos poucos, também iam nascendo os sindicatos
rurais. O
golpe militar de 1964 representou a mais dura repressão enfrentada pela classe
trabalhadora do País. As intervenções atingiram sindicatos em todo o Brasil e o
ápice foi o decreto nº 4.330, conhecido como lei antigreve, que impôs tantas regras
para realizar uma greve que, na prática, elas ficaram proibidas. Após
o fim da ditadura em 1985, as conquistas dos trabalhadores foram
restabelecidas. A Constituição de 1988 instituiu, por exemplo, a Lei nº
7.783/89, que restabelecia o direito de greve e a livre associação sindical e
profissional.
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