domingo, 22 de maio de 2016

Filme : Ausência



Resenha
Nome do Filme : Ausência
Ficha Técnica
Direção : Chico Teixeira
Atores : Matheus Fagundes, Irandhir Santos, Francisca Gavilán
Duração : 127 min
Gênero : Drama
Ano de Lançamento :2015
Sinopse : O enredo do filme será entorno de Serginho, um menino que tem entre quatorze e quinze anos, mas não que teve a chance de viver sua infância, então ele acabou amadurecendo muito mais rápido que devei. Ele que cuida do seu irmão mais novo, que é o Willian, e ainda cuida se sua mãe que é alcoólatra, a Luzia. E para tomar conta de sua família ele trabalha em uma barraca na feira com seu tio Lazinho. E os únicos momentos que ele consegue se divertir e chegar perto do que é ser um menino de apenas quatorze anos é apenas ao lado de seu amigo Mudinho, que é o único com quem divide sua intimidade. E o único adulto com quem ele é próximo, e consegue ter um relacionamento afetuoso é com o professor Ney, que tirar um tempo de sua noite para poder ajudar o menino em seu dever de casa. E nesse meio surge uma confusão na vida pessoal de Serginho, pois ele está passando pelo momento de descoberta de sua sexualidade, e procura uma figura paterna para ajuda-lo nesse momento, porém o menino se encontra sozinho e com seus conflitos.
Análise :
Impossível não se comover com a história desse filme, ainda mais que é algo que está tão próximo de nossa realidade, um menino que em vez de ter uma vida tranquila ao lado de seus pais, tem que trabalhar, para poder cuidar de seu irmão e de sua mãe, por falta de um pai dentro de casa.
As vezes ouvimos as pessoas dizer, que no século XXI não existe trabalho infantil, como eu queria que isso fosse verdade, o que pode acontecer é que hoje isso é mais mascarado, para não causar tantos problemas com a revolta da sociedade, mais ainda temos um número muito grande de crianças e adolescentes trabalhando e deixando de ir para a escola. E em várias cenas desse filme podemos observar isso, Serginho não tem ninguém em casa que o apoia para ir a escola, que lhe de algum incentivo, e por isso tantas vezes ele deixa de ir estudar para poder ir trabalhar, e quando ele aparece na escola, o professor Ney sempre pergunta o porquê ele falta tanto, e ele responde de maneira direta e clara, que é porque ele não quer. E se qualquer pessoa colocar a mão na consciência, vai conseguir enxergar que isso está tão presente na nossa realidade, no nosso cotidiano, quantas crianças não abandonam as escolas para trabalhar, por não ter condições mínimas de sobreviver.
Esse filme tenta da forma mais clara e objetiva possível mostrar muitas coisas que estão acontecendo ao nosso redor e não conseguimos ver, como, o abuso sexual, a evasão escolar, a negligência e o trabalho infantil. E tudo isso é mostrado a partir de Serginho, que no filme, sofre com a ausência do pai, e outras ausências também. Tanto que podemos perceber os pequenos momentos que ele consegue se sentir com quinze anos, que é quando ele consegue tocar a mão da menina por quem é apaixonado, nos momentos que ele sai para andar de bicicleta, pois é possível perceber um menino nesses momentos, livre e feliz, que adora admirar a natureza e o vento que está faz e toca em sua face, e também um certa paixão em ver malabaristas de circo, talvez nesse momento é que ele pode se sentir como uma criança.
A vida de um trabalhador não é fácil, imagina de uma criança que trabalha, que busca em pequenos gestos sua felicidade e paz. Por isso esse filme é fundamental para tentar ver como é a realidade de uma criança que trabalha e que cuida de sua família, e conseguir enxergar todas as dificuldades ele pode passar, sem ninguém ver. O filme traz algumas cenas fortes, que provavelmente devem ser tiradas para se apresentar me sala de aula, mas isso não seria o motivo para não se passar o filme. Temos que colocar nossos alunos para refletir sobre todas as faces do trabalho contemporâneo, e o trabalho infantil é fundamental para isso.

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